domingo, 31 de outubro de 2010

O vento e eu - Mário Quintana

Não querendo me desprender do post anterior, no sentido geográfico, rsr .
Resolvi apresentar o escrito/poeta Mario Quintana, que na minha opinião é o CARA.
Desde do ensino fundamental e também por culpa do Humberto Gessinger que vez por outra citava algo dele, me interessei e hoje é o poeta que mais me identifico..

Daleee Mário Quintana




O vento e eu

O vento morria de tédio
Porque apenas gostava de cantar
Mas não tinha letra alguma para a sua própria voz,
Cada vez mais vazia...

Tentei então compor-lhe uma canção
Tão comprida como a minha vida
E com aventuras espantosas que eu inventava de súbito,
Como aquela em que menino eu fui roubado pelos ciganos
E fiquei vagando sem pátria, sem família, sem nada neste vasto mundo...
Mas o vento, por isso
Me julga agora como ele...
E me dedica um amor solidário, profundo!
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